Os painéis monolíticos são fabricadas com telas de aço e placas de EPS, podendo ser estruturais ou de vedação.
Utilizando-se o sistema “estrutural”, que consiste em placas EPS com 16 kg/m³ e malhas de aço com 4,2 mm, é possível diminuir o custo total da obra, pois não é necessária, na maioria dos casos, a instalação de pilares ou vigas. As paredes estruturais possuem entrâncias no EPS que, conjugando as malhas de aço com a argamassa estrutural, proporcionam a criação de micro colunas em toda a extenção da parede, conferindo alta performance estrutural ao sistema.
Muito utilizadas na construção de edifícios, residências, escritórios e indústrias, o sistema construtivo com paredes de EPS pode ser utilizado em conjunto com a forma tradicional de construção, permitindo que seja aplicado em um sistema misto. Neste caso as paredes de EPS são utilizadas em substituição aos tijolos cerâmicos ou blocos de cimento, recebendo a nomenclatura de paredes de “vedação”.
Os painéis monolíticos podem ser instaladas pelo profissional da construção sem nenhum tipo de dificuldade ou adversidade. Além de propiciar um custo reduzido no total da obra, o sistema agrega um maior conforto térmico e acústico na construção.
Com os painéis monolíticos é possível construir até três andares sem necessidade de colocação de vigas. As paredes podem chegar à doze metros cada sem a necessidade de utilização de pilares, ao contrário da construção convencional onde é necessário um pilar a cada cinco metros.
A Isopor Tem fabrica os painéis na medida exata da altura das paredes, evitando o desperdício de produto e o pagamento por material desnecessário.
Totalmente autoportantes, sem auxílio de vigas e colunas, os painéis estruturais são indicados para execução de edificações de até três pavimentos. Quando empregados com a função de “vedação”, não há limites de pavimentos. É, também, solução eficiente em obras de reformas e ampliação.
Depois de o terreno ser preparado para a obra, o que inclui limpeza, escavação e/ou aterro, que inclusive pode ser executado com EPS, é definido o tipo de fundação a ser empregado. Para obras com painéis autoportantes de EPS, normalmente são utilizadas fundações do tipo radier. O usual é empregar concreto fck >=20 MPa, com espessura média de 12/15 cm, assentado sobre lastro drenante de brita, impermeabilizada com manta de PE de 0,2mm. Sobre a manta, temos a armadura do radier, constituída por tela de aço CA-60 soldada simples ou dupla, conforme projeto estrutural. As tubulações de hidráulica, elétrica e outras devem ser posicionadas antes da concretagem do radier.
Podem ser utilizados outros tipos de fundação, como vigas de baldrame, dependendo do tipo de obra e especificações do projetista estrutural. No caso de reformas e ampliações, os painéis monolíticos podem ser fixados sobre lajes existentes, desde que tenham capacidade de carga condizente.
De um a três dias após a concretagem, inicia-se a marcação dos arranques sobre o radie. Os painéis são fixados à fundação pela sua base, com barras de aço CA-50 de 8 mm de diâmetro x 50 cm de comprimento, posicionando o primeiro furo a 25 cm após o ponto de início dos painéis e os demais furos a cada 50 cm, em ambos os lados. “Essas barras (arranques) são engastadas na fundação, executando um furo com diâmetro de 10 mm x 10 cm de profundidade, e utilizando um chumbador químico, como o compound adesivo ou similar.
Os painéis são posicionados entre os arranques da fundação. A montagem deve ser sempre iniciada por um canto, saindo com eles nos dois sentidos para fechar os cômodos. Os painéis são amarrados entre si, com auxílio de peças de reforços em tela eletrosoldada (tipo “I” ou “L”), com arame recozido nº 18 retorcido, de acordo com a especificação do projeto.
Um dos principais cuidados que a obra deve ter na execução de paredes com painéis monolíticos de EPS é a garantia do prumo das peças. Caso os painéis não fiquem bem alinhados, haverá mais gastos com argamassa, o que resultará em desperdício de material e tempo, além de acrescentar peso às paredes.
Para alinhar os painéis são utilizadas réguas de alumínio (ou madeira aparelhada), formando duas linhas na horizontal: a primeira a 40/60 cm do piso e a segunda a 200 cm da primeira. Essas réguas serão posicionadas nas duas faces dos painéis, fixando-as umas às outras, por meio de arame recozido, transpassado pelo EPS. Para o prumo dos painéis, serão utilizadas preferencialmente escoras reguláveis (tipo aprumador metálico, que pode ser locado), na diagonal e perpendicular às réguas (tipo mão francesa).
A IsoTem, mediante disponibilização do projeto arquitetônico pelo cliente, fornece os painéis com as aberturas de janelas e portas com os devidos reforços.
No entanto, não havendo a prévia disponibilidade do projeto, os painéis podem ser fornecidos sem abertura de vãos, que deverão ser executados durante a montagem dos painéis na obra. Os vãos referentes a portas, janelas e equivalentes deverão ser demarcados com caneta/tinta, para execução dos cortes das telas com tesoura para vergalhão ou lixadeira, e das placas de EPS utilizando serra de mão ou estilete. Todas as aberturas receberão peças de reforços em tela eletrosoldada em sua borda (tipo “U”) e nos encontros das extremidades/cantos (tipo “I” a 45°), fixadas com arame recozido nº 18 retorcido.
É recomendado requadrar as aberturas, com sobras de 2 cm de cada lado, para fixação das esquadrias e batentes, utilizando espuma expansiva de poliuretano.
Os traçados das redes de instalações serão demarcados com caneta/tinta nos painéis. Com o auxílio de um soprador de ar quente, serão abertos os sulcos equivalentes no EPS. Caso seja necessário o corte da tela para a passagem das tubulações, deverá ser aplicada uma sobretela de reforço neste ponto.
A superfície dos painéis deve estar limpa, isenta de manchas e de materiais que possam diminuir a aderência da argamassa. O traço é de 1:3 (cimento e areia, em volume), com 200 ml de aditivo plastificante e 50 g de microfibra de polipropileno por saco de cimento. A argamassa é aplicada, preferencialmente, com a utilização de projetor pneumático, ou com colher de pedreiro. São, ao menos, duas camadas em cada face do painel: a primeira, com 1 cm até a altura da malha; 48 horas depois, no máximo, é feita a segunda aplicação com 2 cm de espessura.
As mestras ou o taliscamento servem para demarcar as áreas de projeção, delimitando a espessura final da argamassa e como apoio para a régua utilizada no sarrafeamento. As mestras devem estar alinhadas e aprumadas, para garantir o acabamento da camada de argamassa e sua espessura mínima. A projeção deve começar sempre de baixo para cima, entre as mestras ou taliscamentos, em quantidade suficiente para o preenchimento, sem excesso e de forma a evitar o retrabalho, relembrando que a espessura total de 3 cm de argamassa é obtida por camada, sendo que cada uma deve ter, no mínimo, 0,5 cm e, no máximo, 2 cm.
Após a projeção, é feito o sarrafeamento com régua de alumínio, no sentido vertical e de baixo para cima, evitando que a argamassa excedente caia no chão. Esse primeiro sarrafeamento tem como objetivo principal retirar o excesso de material projetado na parede e promover uma regularização inicial. Se for verificada a existência de falhas na aplicação da argamassa após o sarrafeamento, é preciso refazer a projeção, corrigindo as irregularidades. Recomenda-se a cura úmida, molhando as paredes por, pelo menos, três dias após o revestimento, com uso de mangueira com projeção da água em forma de chuveiro. O procedimento evita o aparecimento de fissuras por retração.
A laje recomendada será a pré-fabricada treliçada com EPS unidirecional ou bidirecional, que distribui as cargas uniformemente em todas as alvenarias. As especificações e dimensionamentos devem estar de acordo com o projeto, sendo indicada, no máximo, a execução de duas lajes, sem a necessidade de acréscimo de estruturas auxiliares (vigas ou pilares).
Os painéis monolíticos de EPS recebem qualquer tipo de revestimento. Os acabamentos seguirão os mesmos moldes das construções convencionais. Podem ser utilizadas diversas texturas, molduras e padrões de cores.